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quarta-feira, 14 de março de 2018

13 policiais acusados de matar cinco são absolvidos

A decisão saiu na noite de ontem (9), após seis dias de julgamento.//
 
O Tribunal do Júri de Curitiba decidiu absolver nesta segunda-feira (9) todos os 13 policiais militares que foram acusados de matar cinco suspeitos de roubar um carro. O caso aconteceu em 2009, em Curitiba. Os acusados foram julgados por um júri popular. De acordo com a juíza que comandou a sessão, na sala secreta, os jurados decidiram que os policiais não eram culpados nem por homicídio nem por fraude processual.
Depois da leitura da sentença, os presentes aplaudiram de pé os policiais. Houve muita comoção tanto dentro quanto fora do Tribunal, onde fogos de artifício forma disparados.
O julgamento começou na última quarta-feira (4). Nesta segunda houve a fase de réplica e tréplica. Depois disso, o conselho de sentença se reuniu para a decisão final. Uma fila de interessados em acompanhar a decisão chegou a ser formada em frente ao Tribunal do Júri.
Este foi o maior julgamento do estado, considerando o número de réus e de testemunhas arroladas.
Após o fim do julgamento, o advogado de defesa dos policiais, Claudio Dalledone, afirmou que ficou comprovado que os seus clientes não cometeram nenhum delito e que “a polícia daqui não tem a história da polícia que mata. A polícia daqui é a que protege, que dá escudo à sociedade”. De acordo com ele, em caso de condenação, os familiares das vítimas haviam pedido indenização de 30 milhões de reais ao Estado pela morte dos entes queridos.
Um dos 13 réus absolvidos, o tenente Otávio Lucio Roncáglio, que comandou a operação em 2009, disse que a justiça foi feita.
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Da sentença, ainda cabe recurso. De acordo com o promotor Lucas Cavini Leonardi, o Ministério Público do Paraná (MPPR) vai agora analisar o caso pra ver se entra com recurso ou não.
As mortes aconteceram em 11 de setembro de 2009. Os policiais envolvidos afirmaram que viram um carro furtado e iniciaram uma perseguição pelo bairro Alto da Glória. O carro acabou batendo no divisor da pista e os ocupantes teriam desembarcado atirando. Na  troca de tiros, dois dos rapazes teriam sido baleados e os outros correram para um terreno próximo. Neste local, teria havido novo confronto e todos os jovens acabaram baleados. Davi Leite de Freitas, Josemar Bernardo, Thobias Rosa Lima, Salatiel Aarão Rosa Lima e Éderson Miranda foram encaminhados pelos próprios policiais ao Hospital Cajuru e teriam morrido no caminho.
Entretanto, investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) à época aponta que os cinco jovens foram dominados pelos policiais no momento da abordagem e posteriormente levados até o bairro Atuba, onde teriam sido executados.
As viaturas foram flagradas por um radar da Urbs passando juntas em direção ao Atuba. Essas viaturas contavam com um sistema de monitoramento GPS e o trajeto percorrido por elas ficou registrado, confirmando a saída do Alto da Glória até o Atuba, onde permaneceram por cerca de seis minutos, para somente então se deslocarem ao Hospital Cajuru.
A acusação envolveu 14 policiais. No entanto, um deles morreu. Os outros 13 são réus no processo.
Repórter Lucian Pichetti

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